O valor da prática esportiva em sociedade vai além do bem-estar físico. O esporte também é uma ferramenta poderosa de transformação dessa sociedade, capaz de socializar indivíduos de classe, religião, gênero, e outras diferenças.
Em São Luís, ações como a Correndo com Cidadania, realizado com crianças da Vila Maranhão, e o projeto Liberdade com Basquete - coordenado pela ex-jogadora maranhense Iziane Castro - são exemplos desse potencial transformador exercido, nos quais a cidadania entra na vida de crianças e suas famílias através do esporte.
No eixo Itaqui-Bacanga, o projeto AFC Maranhense - Academia de Formação de Craques - atua com trabalhos sociais desde 2019, com crianças, jovens e adultos, no intuito de formar cidadãos. O projeto, que já acumula títulos no esporte maranhense, é coordenado pelo educador físico Alajohny Silva.
Entre os títulos mais recentes, a AFC Maranhense foi vice-campeã Maranhense de Futebol de Campo 2022, além de Campeã Maranhense de Futsal Adulto Feminino 2022. Como de costume, o compromisso social da AFC revela talentos: Camila Rodrigues (atleta do Santos), Rayssa (atleta do Fortaleza) e Manuella (atleta do Palmeiras) são alguns dos nomes do hall da fama da AFC.
Agora, o projeto aguarda parecer do poder público para ingressar em mais competições e aumentar a coleção de taças. Impossibilitado de participar, o projeto espera certificado da Lei de Incentivo ao Esporte. "Ele vai ser responsável para angariar fundos para a continuação do [nosso] projeto social", explica Alajohny Silva.
A AFC já recebeu, em abril de 2022, o título de utilidade pública que permite que a agremiação receba incentivos municipais. "Temos o título certificando que somos uma entidade séria, que existe e trabalha em prol da sociedade. Mas não temos nenhuma parceria com o órgão municipal", ressalta Silva.
Em março de 2022, os organizadores encaminharam a solicitação para a Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (Sedel). Após um apelo divulgado nas redes sociais, a Secretaria já convidou a organização para um encontro. O presidente da AFC se mantém esperançoso.
"Depois do certificado, precisaremos de uma empresa que possa financiar o projeto. Já existem algumas interessadas, mas ainda não temos o certificado. Dependemos demais dele", explica Alajohny Silva.
As expectativas da AFC Maranhense se mantêm devido a duas competições futuras: a Taça Brasil e a Copa do Brasil. "Isso gera um custo enorme de hospedagem, alimentação e transferência de atletas. Um projeto social não pode arcar com essas despesas. Precisamos ser assegurados", conclui o presidente da Academia.
Em 2022, o projeto chegou a atender 300 crianças, meninos e meninas, da área Itaqui-Bacanga e adjacências. "Com a falta de recursos, já não conseguimos atender esse quantitativo devido à falta do recurso, que ainda não foi aprovado. Diminuiu para 100, 150 participantes", lembra Silva.
A AFC Maranhense - Academia de Formação de Craques tem sede administrativa na rua São Luís, 18, no bairro do Anjo da Guarda, com atividades desenvolvidas no Centro de Ensino Japiaçu.
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